o latir dos cães,
a luz sincopada, estremece
o silêncio da noite
que invade por frestas
o frio de camas
de gente sem sono.
nas escadas
o passo dolente.
nos elevadores
o andamento cadente,
a chave na fechadura
e a casa vazia.
e um dia que se vai.
há na rua quem sonhe
o sol de cartão no abraço
sem corpo
que durma ao seu lado.
ou que seja só dia.
e tenho-te a ti.
esta casa cheia.
o corpo forrado de tanto amor.
que nada me falta!
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