para um sítio qualquer.
longe até deste que agora sou.
apertado em tantos muros que não construí
nem nunca me apeteceram.
cansam-me as horas que caem pesadas nestes ombros que vergo.
e não quero.
é forçoso fazer das minhas pernas mais que andar.
delas o caminho que me recusam,
a arma que empunho
e ser-me
já.
carregar nas minhas mãos vazias as vontades que abandonei.
da mordaça fazer asas.
(são leves as palavras, não pertencem a ninguém).
perder-me no encontro do olhar que se cruza comigo,
por uma vez.
e desvendar-me.
tanto que passamos uns pelos outros sem nos tocarmos.
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