olhar-te num tempo feliz e ver-te em reflexos de água pendurados em olhos que já não leio mais.
numa linha continua dos dias que me atropelam e nada me deixam fazer. calam-me as noites na inquietude das coisas que me assaltam os sonos cansados. rebeldes sonhos que não o são porque não os peço. nem os quero. devolvê-los onde não sei e nem quero ir.
só o que quero não faço. o que preciso, não tenho. e voltar no futuro ao que já passado se foi. ficar aí em novelo. de pontas escondidas.
só dentro de mim te vou tricotar.
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