quinta-feira, 23 de outubro de 2014
esperança
porque o verde tem nome de espera(nça). o tempo de crescer, promessa em
botão seja onde for. pequenas que sejam as coisas. até nós, ainda. no
querer. e o tempo que atravessamos até crescer se encha de todas as
primaveras. mesmo que tardias ou precipitadas. ou até outras que não
havíamos pedido. que sejam verdes, os anos, na inocência de ainda
acreditar!
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
de nada valho
agora nada valho. tudo custo a quem dou sustento. e parcos são estes bolsos. que mãos doridas cozem no alinhavo dos dias.
e é a brandura que me aquece o peito, (falte o sol nas manhãs, cisque o vento nas janelas,) que te alumia os olhos, ainda.
do pouco que de mim fazem sei que te sou muito quando me pedes encosto. na friura das noites. ainda que altas vozes entoem o verão lá fora, é em mim que acendes a primavera. e te fazes rapaz. outra vez.
quando eu me for. quero silêncio. porque as palavras, essas sim, digo-te eu, de nada valem.
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
a dor
no segredo da pele. a dor.
a voz apertada. dum qualquer mal.
a mordida do cão.
ao longe a carícia emprestada
ainda presente na memória dos
gestos
petrificados.
no segredo da pele. a lágrima.
a voz apertada. dum qualquer mal.
a mordida do cão.
ao longe a carícia emprestada
ainda presente na memória dos
gestos
petrificados.
no segredo da pele. a lágrima.
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