domingo, 15 de maio de 2016
o passado
como podia levantar os olhos nas estreias dos dias se o passado lhe adormecera, pesado, no ninho das pálpebras?
quarta-feira, 11 de maio de 2016
a terra
a terra tem esta maciez que a água tempera de perfume fresco. onde só me
quero deitar. e abençoo os homens agarrados às foices lambuzadas de
verde. fazem o pêlo raso na face da terra. absorvo o cheiro que me
entorpece os sentidos. e me devolve aos tempos de toda a ingenuidade.
sou menina e já me tinha esquecido. de algum dia o ter sido.
quando voltar à terra lembrar-me-ei de tudo.
quando voltar à terra lembrar-me-ei de tudo.
sexta-feira, 6 de maio de 2016
preciso
preciso de me acoitar neste silêncio. longe do inquieto burburinho
que se move por entre as árvores. vento agreste a açoitar-me a pele.
cansada.
afundam-se os rios que correm em desvarios nesta terra gretada de securas. antigas. sabem-lhe a sal as chuvas que agora lhe fazem cama.
lencóis com que me cubro.
https://youtu.be/Zm5pbLMn8j8
afundam-se os rios que correm em desvarios nesta terra gretada de securas. antigas. sabem-lhe a sal as chuvas que agora lhe fazem cama.
lencóis com que me cubro.
https://youtu.be/Zm5pbLMn8j8
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