domingo, 13 de fevereiro de 2011

Um tempo

Não vai ser sempre assim, disseste-me. Nem sempre vou ter esta urgência de ti.
A pouco e pouco vestirei as memórias que de ti construir nas ausências que de ti fizer.
E não será por isso que deixarei de te amar. Sei apenas que será desta maneira.

Apeteceu-me calar-te da única maneira que então sabíamos tão bem. Quase de raiva. Dum futuro que ainda não me apetecia e conhecia doutros passados.

Quero outras histórias! Não me digas em voz alta o que em surdina deixo atrás da porta que agora fechei. Hoje é tão só hoje e recuso-me a viver outros tempos.

Agora quero de ti o que por mim sentes, sem nomes ou apelidos. Sem ontem, nem amanhã.

Não respondas às perguntas que não te fiz ainda.

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