quinta-feira, 9 de agosto de 2012

não há poesia


não há poesia na noite que chega. na casa que espera o fim dos dias. no cansaço sem prazos que sobra no corpo. nem nos sonhos que negam presença em sonos ausentes.
em sorrisos que morrem na fonte dos lábios crescem amarguras onde o asfalto dos dias se estende. no vinco árido dum tempo que não se compadece de esperas. e se afunda no rosto que os meus olhos perdem.

fogem as paisagens que falam poesia pelas minhas mãos. e sei que em lugares distantes dos que sou, existem.

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