quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

banco de jardim



cai-te aos pés o estilhaçar dum vidro arrumado na janela onde espreitavas, ao cair das luzes, uma vida que já não te pertence.

do abraço onde agora faltas ficou-te a memória escancarada nos bancos de jardim.
é no cheiro das flores que adormecem as carícias que um dia espalhaste pelo ar.

e agonizas por te ver, onde não estás.

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