quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

ele


ele sabia dos caminhos como das palmas onde lhe cresciam, diferentes, os dedos que impunes escorriam as águas dos dias na maré dos olhos. ainda descrentes de quanto vira.
havia quem o seguisse, no conforto das palavras onde o sonho arranjava cama e fazia histórias que acabavam ao virar do dia. para recomeçar na viagem apetecida quando a fome apertava e as mãos abertas a agitar palavras como se fossem asas a poisar em ninhos do peito de quem o ouvia.
e os sonhos abriam sulcos em rios que se perdiam de vista. pelo tempo de o ser.

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