segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

e ainda agora te levantaste



deito aqui as flores que as primaveras não se esquecem de fazer florir. nunca. mesmo que não as vejas. agora que te deitaste no sono de todas as noites. acabado o dia da tua vida.
e ainda agora te levantaste.
pego nas pontas dos sonhos enovelados pelo carinho dos teus dedos. minuciosamente. bordados a preceito com o brilho desse teu olhar.
que não esqueço. (como o poderei fazer, se me iluminam os passos onde me perco?)
com eles tricoto as horas onde me faltas e eu te encontro. manta tecida de memórias onde a primavera se reacende eternamente.

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