terça-feira, 18 de março de 2014

sabes lá tu

sabes lá tu a hora de partir. como nunca a hora de chegar, mesmo no desejo marcada se sabe. e doem-te já os braços de nada teres. por muito longe que os estendas. e os olhos muito alcancem. na pouca visão que ainda guardam. são mais os rios que bordas na cordilheira desabitada da tua pele que os barcos que os navegam. não há cais que tudo guarde nas noites de maior tormenta. sabes lá tu a hora de partir. nem mesmo se ainda aqui estás. se tanto te afundas nessa casa de pensar.

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