quarta-feira, 11 de maio de 2016

a terra

a terra tem esta maciez que a água tempera de perfume fresco. onde só me quero deitar. e abençoo os homens agarrados às foices lambuzadas de verde. fazem o pêlo raso na face da terra. absorvo o cheiro que me entorpece os sentidos. e me devolve aos tempos de toda a ingenuidade. sou menina e já me tinha esquecido. de algum dia o ter sido.
quando voltar à terra lembrar-me-ei de tudo.

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