terça-feira, 8 de março de 2011

A noite dos tempos



A cabeça pousada na mão aberta, o olhar vazio pendendo. A noite dos tempos a acontecer.
Ainda agora a luz se fizera e eu sentira o calor do teu abraço. Ainda agora. E tão cedo se tardou.
Sobram-me razões para tanta ausência. Como brasas em fogueira que teima em não se apagar. Aqui, dentro de mim. Neste peito que deu guarida ao teu. Um dia.
Para sempre, prometemos. E não sabíamos de nada, então.

Se um dia te vir outra vez, que palavras te direi?
Temo que tenham secado no deserto que o fogo semeou quando te foste.
E assim, só no silêncio poisará o nosso olhar.

Para sempre, não existe, meu amor. Só no meu peito que teima em não te esquecer.
Mas esse é louco e não sabe de nada, ainda!

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