terça-feira, 19 de julho de 2011

Um dia


Teus braços estendidos, eram ramos onde me deixei acolher. Da brisa que por mim passava julguei carícias e sonhei murmúrios que de ti vinham. E quando o sol me beijava eram os teus lábios que via nos meus. Folha a folha construí um ninho tecido nos sonhos que de ti fiz.

Um dia acordei, rompi as teias da ilusão. Abri as asas que ainda ninguém me tirou e voei de ti.
O orvalho da manhã teve sabor a sal.

O pó do deserto soube-me por dentro. Até ao voo picado no mar que me esperava.
O meu mar.

E fui peixe para que nunca mais me vissem lágrimas.

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