sexta-feira, 29 de março de 2013

não basta um copo de água


um fio antigo pegava-se ao corpo como às janelas. e às paredes por onde teimava em escorrer. e desenhar rios. pequenos. a contorcerem-se por entre cicatrizes antigas.
e bastava abrir janelas e soprar as nuvens onde se esconde o sol cansado para fazer desta pele o deserto cálido onde a miragem se estende para lá da vontade.

um nada fazer, acotovelava-se entre palavras gastas.
(não basta um copo com água para matar a sede. é preciso bebê-lo)

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