segunda-feira, 29 de julho de 2013

vivo ou não


deixar de ser sentada. de pousar o corpo ali na espera. e no colo embalar o acontecer embrulhado. que outros por nós fizeram e ali deixaram. ao abandono. de quem nada mais faz que recolher os restos. nas mãos vazias estendidas que os olhos toldados enegrecem na pintura dúbia da vida que se julga ter. porque mortos estamos.
e ali ao lado as rodas de ser gente no pedalar de ser mais à frente de quem não se lembra de nós quando em si se faz. e ser veloz nas pernas que não tocam o chão, audazes a pensarem voar na altura dum meio tostão. negro, da cor do trambolhão que se dá. se houver ilusão...

e entre tudo e nada a fasquia de quem se mete à estrada. vivo ou não.

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