segunda-feira, 29 de setembro de 2014

a vénia

talvez já nada se invente. talvez tudo esteja já criado. talvez saibamos já tudo quanto há para saber. e descuidados que somos, desbaratamos quanto temos. a pensar em muito mais no fraco alcance dos curtos braços paridos.
e há quem do que fazemos aproveite os gestos. hábilmente. com o lacónico sorriso. na tontura do que somos. ainda. porque não crescemos ainda que tenhamos no corpo o tempo e na pele as marcas. e estremeça no riso. com vontade. porque somos assim. ainda veneradores de deuses. sejam eles quais forem. mesmo que no bolso tilinte o vazio.
haja o brilho aceso no olhar e a vénia faz-se.

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