terça-feira, 1 de junho de 2010

Nada mais


E à noite embrulhava-se num abraço esperando que todas as coisas retomassem o lugar.

Sabia que no longe das memórias se apagavam a pouco e pouco os restos da saudade que lhe dançavam no peito. Agora podia viajar mais serenamente.
Sempre detestara a força de tal forma de sentir. Olhando o passado na ânsia do mesmo futuro. Sentia-se agrilhoada e não queria tal prisão.

Era o sono que aguardava num desejo a fazer-se cada vez maior que lhe vestia então a paz.
Num mundo paralelo sonhava coisas que sabia desfazerem-se ao acordar. E abandonava-se. Ali nem memórias nem saudade existiam. E se a espreitassem teriam o tempo dum sono. Nada mais.

Nada mais.

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