terça-feira, 17 de maio de 2011

O amor


Existe, dizem que sim.
Às vezes roça-nos implacável, tatua-nos. Dele só fica, por vezes, às vezes, a dor da marca o odor da carne que se queimou no atrito, desfeito, esquecido, abandonado.
Memórias abertas às vezes, de vez em quando, nos sulcos lavrados na pele, antes macia como veludo. Agora em retalhos quase puída, daqui e dali cozidos a esmo, manta de cores e de amores talvez.
Às vezes calor, às vezes sustento. Restos, talvez, de histórias que existem dentro de nós.
Dizem.

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