sábado, 25 de fevereiro de 2012

as chuvas virão

levantas os olhos agora acordados. ao lado a manhã a despir-se de névoas. e um sol a aquecer lugares vazios. um fato enrugado a cobrir-te os passos ainda com o vagar da noite a tropeçar nos pés curtos para dias a fazerem-se grandes.
restos de sonhos caídos nas costas duma cadeira a olhar retratos empoeirados. um sopapo leva-te a virar as esquinas. de cara marcada pela surpresa dos dias que não esperam por ti.
uma sede a subir garganta acima sacia-se agora nessa lágrima que no teu lábio ficou. parada, num espanto que o frio das manhãs colheu nesse olhar antes adormecido.

as chuvas virão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário