segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

mar




acima de tudo
esta maresia.

um vento limpo no cetim das ondas
a varrer
o mar.
este cheiro que me entontece numa embriaguez

a que volto sempre.

e um olhar longe a tocar céus
que
vaidosos se enfeitam
nesta miragem
sem fim.

de tantos barcos, a viagem.
dos homens, o labor.
meu, o sonho.

mundo imenso de lágrimas
e risos
ainda por tanto tempo a fazer-se.

bravo e manso.

bravo e manso.
a beijar-me os pés. e a levar-me.
se eu quiser. se ele quiser.

acima de tudo
esta maresia
a que volto sempre.

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