quinta-feira, 15 de julho de 2010

Não

Não quero fazer-te perguntas para saber de ti. Prefiro estar atenta aos segredos que desvendas quando te abres para mim.
Não faço dos meus braços enlaçados no teu corpo, grades de alguma prisão. Amparo e conforto é quanto querem ser.
Não te beijo para calar as palavras que dentro de ti ecoam. Quero sorvê-las e guardá-las dentro de mim.
Não te olho para saber dos teus passos. Faço-o para te esculpir na minha memória.
Não te estendo as mãos para te guiar, mas sim, para caminharmos juntos.

E se nada quiseres de mim, di-lo com as palavras claras que me ouves. Não as deixes brincar e perder-se em bailados que só nos entontecem.

2 comentários:

  1. E se nada quiseres de mim, di-lo com as palavras claras que me ouves. Não as deixes brincar e perder-se em bailados que só nos entontecem...................


    porque há silêncios que não falam...

    costei

    beijinho
    Teresa

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  2. Muito bonito Rosa!!!

    (ando por aqui a ler :)) )

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