Digo-te pouco a pouco como se fossem recados. Curtos, directos, sem rodeios. Tenho a certeza que os guardarás nalgum lugar dentro de ti. Para num dia qualquer os desembrulhares devagarinho, não se rasguem eles pelos vincos que o tempo tornou mais frágeis.
Queria tanto que não o deixasses para tarde! Que o fizesses num tempo em que ainda sentisses a minha voz nos teus ouvidos.
Temo que o bolor do tempo os cubra e percas os traços das palavras que neles desenhei.
Então, tudo será em vão.
E mesmo assim teimo: tu, surdo e eu cega.
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