quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

sei dos outros

o latir dos cães,
a luz sincopada, estremece
o silêncio da noite
que invade por frestas
o frio de camas
de gente sem sono.

nas escadas
o passo dolente.
nos elevadores
o andamento cadente,
a chave na fechadura
e a casa vazia.

e um dia que se vai.

há na rua quem sonhe
o sol de cartão no abraço
sem corpo
que durma ao seu lado.

ou que seja só dia.


e tenho-te a ti.
esta casa cheia.
o corpo forrado de tanto amor.
que nada me falta!

Nenhum comentário:

Postar um comentário