quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

a violinista

tocava ali para os lados onde a cidade se juntava em fins de tarde.

bebiam-se uns copos em troca de conversas gastas das coisas mastigadas durante o dia. embrulhadas em estômago doridos por tanto soco sem aviso.
a música resvalava a ouvidos fartos de dores que já nada mais ouviam.
suspensos por molas, bemóis e colcheias em danças, mil sons são nos dedos palavras a gemer devagar.

e ela presa ali. invisível. nunca ninguém se perdera no mar do seu olhar.

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