quinta-feira, 29 de março de 2012

aqui

as casas nascem onde o alimento cresce. nas redes lançadas ao mar que de repente avança a comer areia e a pedir espaço.
lá dentro batem os corações de gente apressada. as pernas num ritmo maior e desigual. a sacudir rios que caem esgotados nas ondas dos dias que nunca se atrasam. parecem sempre mais curtos. e sempre a fugir.
a serra é o manto, abrigo e altura para mais longe ver. às vezes, inferno em chamas, onde o demo se aquece e se ri de nós. valha a primavera e o eterno brotar da verde semente na terra com barriga de mãe.
há longe e há perto. aqui entre serra e mar. o ninho e o voo. partir e ficar.

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