segunda-feira, 16 de setembro de 2013

não chores mãe



tenho cá dentro a vontade a crescer, de ser maior. do tamanho das chamas que gritam na rouca voz dos pinheiros. antigos, de muitos anos. perdidos nas memórias  das somas. sei já de cor os toques que me chegam aos ouvidos a pedirem-me pressa nas pernas. e a vontade de matar a sede ao demo. não fossem fracos os meus braços e eu lhe daria guerra que já nasci soldado.

não chores mãe esta ânsia que me abraça o corpo todo. guarda esse rio inteiro para eu nele repousar. é nos teus olhos que penso quando o medo me vem buscar.

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