segunda-feira, 9 de setembro de 2013

que longe



que longe me ficas, eu sei. de tormentas me cobres. por mim. no destempero dos tempos,
desalentalados homens de rara semente na terra gasta. que a chuva mói na levada antiga. carregada da poeira de quantos por ela já não choram mais. de ossadas feitas.
e bordam agora estas ruas os ecos de algumas vozes que antigamente falavam a língua do futuro. nestas casas abandonadas de gente.
os que ficam acreditam que nas palavras cresce um jardim. que precisamos regar.
que sabem eles de flores e eu que sei das palavras?

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