quarta-feira, 11 de setembro de 2013

não há nada

não há nada que nos caiba nas mãos.
secas que estão.

os ossos cansados desfazem-se
no pó que nos cobre o pranto.
e os múrmurios acendem-se
inúteis
onde os ouvidos são moucos.

são mais os defuntos que os coveiros.
(basta um.)
nesta vala imensa onde perecemos.
iguais.

onde mirra a esperança. faz-se o desespero.
e a loucura é mãe que não deixa os filhos.
não tarda que do ventre da terra
se levantem os injustiçados.

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