terça-feira, 11 de outubro de 2011

Era sol que fazia

era sol que fazia. um calor que abandonara o tempo dele e visitava outro para lhe arregaçar as mangas e conhecer os tornozelos. um outono de cores quentes e visitas a parques de folhas no chão, era agora tímido mas alegre nos calções que vestia quando enfrentava as águas ao cair da tarde para refrescar os ardores que os dias traziam. e olhava para si espantado! um tempo desgovernado. no mesmo compasso do mundo. como se um mesmo maestro de batuta enfernizada o andasse a inventar. era sol que fazia. mas dentro dela chovia. dentro de tantos a tempestade acontecia. levantou-se, como todos os dias acontecia. nada tinha mudado para além dos dias. para além dos sonhos. trancados ainda. fazia sol ainda. não podia acreditar como podia ainda fazer sol. decidiu reger-se pela batuta, mesmo que fosse infernizada. há maestros que podem mais que ela. só ela sabe quanto trovejou no seu peito. e a chuva que caiu a seguir. depois viria o sol. como nos dias. mesmo que não fosse no seu tempo. um tempo desgovernado. no mesmo compasso do mundo.

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