domingo, 16 de outubro de 2011

Não me acordem!


hoje prolonguei-me pela noite.
não me acordem, pois então.

dos sonhos fiz-me esquecida, não tenho casa para tanto.
é no escuro que me enrolo, e com silêncio me cubro
neste chão a céu aberto.

sinto o frio e deixo-o vir.
reconheço-o quando passa no meu corpo
como amante, ávido de mim, possui-me.

entrego-me.

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