quinta-feira, 27 de outubro de 2011

para quando



escreve-me com a tua pele
todo o abismo do desejo
toca-me
abraça-me
ata-me

pedia ele morrendo-lhe nos braços


com laços de ternura, tão só
para te soltar de novo.

e abria-lhe no colo as asas prontas a voar

o desejo?
o abismo?
fechemos os olhos e sejamos o que quisermos.


para quando já sem me leres,
já sem te ler,
for o que fomos em tempos idos.

Só toque, só cheiro, só pele.

Um comentário:

  1. Bonito! Como tudo o que escreves.
    Tens um dom enorme da passar a mensagem.
    Um Abraço do teu amigo;
    Quito Arantes

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