terça-feira, 18 de outubro de 2011

Chuvas.


As chuvas chegaram em tempo de Verão. E com elas, tempestades.
O sol não as levara. Pasmava só.
(Como podiam correr tão bravos os rios se lhes adormecia a nascente...)

Em terra gretada, dura de ausências, fendida pela sede, a gota desliza e faz-se gigante. Alheia-se de berços feitos em esperas antecipadas. Sonhos desfeitos, feitos barro de pés molhados.

São tão pequenas as pernas nas corridas que lhe sinto. E as gargalhadas, que saudades de as ouvir.
Só um murmúrio, uma pressa e o medo a crescer.

Faz-se onda. Faz-se mar. E ninguém sabe nadar.


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