domingo, 1 de janeiro de 2012

não, o mar não dorme.

caíam tardes no regaço
da praia
calada agora,
quase adormecida.

embalava-a o mar
com velhas canções,
versos
que bordava
a espuma pelo areal.

e os jovens amantes
levavam no peito
a palavra acesa
dum verso
roubado

não, o mar não dorme.

escreve os sonhos
de gente
que encosta as pestanas
à noite.

para que não
lhes faltem

palavras.

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