quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

nos dias


não éramos coisa nenhuma ali desamparados
olhando a distância de nós
em sítios quebrados por dores
a crescer dentro de mãos

vazias.

sabíamos das primaveras a fazer-se
dos pássaros nas orlas da madrugada
e as pétalas em roda em canções
de bem querer

plenas.

voou-te o sorriso antigo que em mim guardei
copo de pé alto, fino vidro
de água fresca, rega-nos sede inteira
e florimos num dia para

nascer.

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