quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

sobras-me


e sobras-me nos dias

mesmo depois
de te ter negado três vezes
em todas as três
que me perguntaram
por ti.

no sorriso
que mascarei
da tristeza vincada
que ficou
no lugar que só de ti
ainda é.
nas horas que cheias
de quem tu
me és
ainda me afundo,
esbracejo.

em querer despir-te
do peito em brasa
que me chove cinzas
nos olhos
que teimam
em não te esquecer.

é tempo que tenho
e não o pedi.

o tempo é lonjura
e eu
perco-me sem ti

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