quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Como chuva

Como chuva que cai preguiçosamente miúda deixei que se entranhasse em mim.
Não percebi as palavras que dentro de mim ficaram. Como se fossem escritas no vidro embaciado que as nossas respirações deixaram desenhar.
Escorrem lentamente pelos caminhos que não sei seguir. Desenham mapas de terra por desbravar.
Talvez por issso não lhes conheça a lingua.

Sei só que me faz falta a sua presença. Que a desejo e lhe fujo por não a poder legendar.

Apetecem-me dias claros de ver longe e saber o quê.
Que o que sinto tenha a lucidez que a minha razão não consegue desvendar.

Gritarei depois o que sei a quem me quiser ouvir. Tu sabê-lo-ás primeiro.

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