domingo, 7 de fevereiro de 2010

Da morte


...E do quanto agora vivo com ela.

Não da minha, mas a de quem me está próximo.
Lembro-me de ter sonhado e até desejado a morte. Para um fim que não achava possível doutra maneira E agora que que perto de mim se vivem as dúvidas da morte e a despedida eminente da vida, tenho medo.

Medo da dor que se instala na despedida. Do vazio de cantos que começara agora a encher.

Tão pouco tempo temos! E tanto que desprezámos.
Que a morte quando nos atropela não olha ao que fizémos da vida.
Não há calendários nem datas a cumprir. O tempo é de viver, viver sempre.
Num tempo que é de vida e de morte.
A hora espreita-nos sorrateira e o importante é não ter arrependimentos de quanto fica por fazer ou dizer.
Assim o façamos e o digamos sempre que a vontade urge.

Sei da vida a certeza presente da morte.
Não sei da morte mais vida!

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