domingo, 14 de fevereiro de 2010

Se não tivesses partido

Se tudo fosse diferente quem seria eu agora?
E entretanto, que foi feito de ti?

São tantas as perguntas que se enrodilham dentro de mim. Vadio por entre encruzilhadas onde se juntam todas as estradas da minha vida. Umas que percorri, outras que deixei por fazer. E pergunto-me se o tivesse feito que seria de mim, de nós.

Descubro a inutilidade de tais viagens. Dos becos sem saída a que nos levam tantos "ses". Afinal as estradas que percorremos, impostas ou escolhidas são o passado que construímos e não há outro passado nem presentes diferentes. Fosse qual fosse a estrada que escolhêssemos, não há ponto de retorno. Restam-nos as escolhas que fazemos agora e os traçados que desenharmos.
Ficam, então, só as memórias do que partilhaste comigo.
Tudo o resto são sonhos que nunca acordarão

E sabes? Ainda é cedo para as memórias que estão para vir. Nessa altura verei e saberei melhor do que vivi contigo. Ainda que me reste já pouco tempo. Será o que me fica mais próximo de ti.
Saudá-lo-ei com um sorriso porque sei que em breve estarei contigo.

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