sábado, 6 de fevereiro de 2010

Ressaca


Como depois da euforia do álcool vem a ressaca, depois de tanto que vivi, o cansaço instala-se. O peso que estava dentro de mim é-me agora exterior. Força-me a descansar, recarregar baterias para novas investidas.
Por agora sem forças, mas determinada.
Um sono que ainda não é reparador faz-me ausentar de mim. Não tenho memórias dos sonhos que o povoam. Como se não sonhasse, apenas hibernasse. Despida de tudo o que me pudesse apoquentar. No corpo o peso, na alma o alívio.
Depois tudo se recomporá e volta-se à embriaguez da vida.
Bebe-se cada vez com mais prudência.Para menores ressacas.
Porque nem corpo, nem alma, podem viver assim tanto tempo em sobrecarga.

No fundo é a memória da ressaca que nos faz deixar de beber.

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