Sou tanta gente dentro de mim. Tanta que muitas vezes não me encontro. E muito mais quando me procuro.
Parece que fujo de mim enredada na minha própria teia.
Vejo um cão à procura da sua própria cauda. Rodando sobre si próprio.
Um pião a girar cada vez mais lento e a cair, tonto. E um cansaço sem nome e sem memória.
Procuro-me neste enredo sem sucesso. Talvez nem tal deva acontecer.
É a eterna procura que me move. Até à exaustão.
E nem assim, então, saberei de mim.
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