De onde elas vieram e porque se mostraram ainda não sei. Talvez a tua voz ou as palavras que dela se desdobraram tivessem sido a chave para a porta que se encontrava, até aí, fechada.
A verdade é que te sonhei em sonhos que já não sonhava.
Na nascente em que há tempos haviam secado os desejos ouvia agora, gota a gota, o despertar dos sentidos.
É no tic-tac ritmado que me deixo embalar e danço, mesmo sozinha, lembrando o tempo em que o farás comigo.
Memórias dum futuro que deixo germinar.
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