terça-feira, 9 de março de 2010

Apeteceste-me

Apeteceste-me logo que te ouvi. E não tinha vontades, então.
De onde elas vieram e porque se mostraram ainda não sei. Talvez a tua voz ou as palavras que dela se desdobraram tivessem sido a chave para a porta que se encontrava, até aí, fechada.

A verdade é que te sonhei em sonhos que já não sonhava.

Na nascente em que há tempos haviam secado os desejos ouvia agora, gota a gota, o despertar dos sentidos.


É no tic-tac ritmado que me deixo embalar e danço, mesmo sozinha, lembrando o tempo em que o farás comigo.
Memórias dum futuro que deixo germinar.

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