terça-feira, 9 de março de 2010

Não sei

Não, não sei se alguma vez te cansas de mim. Das conversas que me ouves, do que digo sem ser para ti. Às vezes paro um pouco e penso que te ausentas. Sim. Talvez te canses. Como posso eu pensar que estás sempre disponível para mim? Que presunção é a minha?

Sinto a falta de te olhar nos olhos. De ver as tuas expressões. De perceber se hoje estás mais bem disposto ou ainda carregas o sorriso triste que te vi da última vez.
E é então que em vez de falar de mim me apetece ouvir-te. Deixo então que o silêncio me invada. Procuro-lhe nas entrelinhas as palavras que possam vir de ti. Um vão esforço.
Não te encontro. Por onde se perderam as palavras que, sei, tens para me dizer?

(Não te canses como eu não me canso de te procurar.
Um dia encontramo-nos).

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