domingo, 14 de março de 2010

Como?

As ruas estavam na mesma. Nada saiu do lugar. Tudo ficou indiferente ao que se fez de nós.
E foi isso que estranhei nelas e me fez sentir não pertencer mais ali.
Talvez sejam assim todos os finais. Desconhecer o conhecido.
Voltar a estrear o que já foi estreado. Viver de novo o que já tinha deixado de o ser.

Não te encontrei por ali e no entanto estavas em todos os lados. Longe. Onde nos pusemos.
Na distância que agora nos é devida. Como deve ser.
Vais estar em cada passo que por ali der, em cada cara com que me cruzar, até um dia te desvaneceres.

Como pode nada mudar, se nós mudámos?

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